O dia mais bonito da nossa História
- Beatriz Lourenço
- 25 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
Cada vez valorizamos menos a nossa liberdade, tanto de expressão como de pensamento. Muitos de nós não sabem, felizmente, o que é não a possuir. Já os que viveram antes de 25 de abril de 1974, encontram-se exaustos por gritar a ouvidos moucos a benção que temos: a liberdade.
Já não recordamos o dia mais bonito da história da nossa nação com a devida emoção. Já não cantamos "Grândola, Vila Morena” com o mesmo entusiasmo. Já não saímos à rua para festejar o simples facto de podermos gritar e cantar. Compreendo que é difícil valorizar algo que nem temos noção que possuímos, já que sempre a tivemos como garantida. Mas a verdade é que a liberdade não é algo que se tem como certo. Se estivermos distraídos, se nos esquecermos de recordar abril de 74, podemos acordar com o nosso pensamento censurado por um fascista.
Recordar abril não é só recordar o dia que o povo se reuniu com o objetivo comum de derrubar o regime salazarista, mas também, e, principalmente, é recordar o dia em que o povo pôde dizer o que pensava e achava. O dia em que o povo se pôde reunir, abraçar, beijar e cantar. Ah, cantar! Sem ter medo de ser difamado, preso, e torturado. O dia mais feliz da nossa história!
Eu própria não sei o que é ter o pensamento confinado, a opiniã
o oprimida, ter medo de me expressar. Contudo, cada vez que ouço as histórias dos meus avós, os relatos e os testemunhos escritos cresce em mim uma vontade incansável de gritar abril de 74. Posso estar a romantizar esta data, mas para mim este é o dia que demonstra a verdadeira essência do povo português: a união, a rebeldia, e a vontade de avançar.
Este ano, e mais que nunca, é preciso relembrar que o 25 de abril tem de estar presente sempre, todos os dias, para nunca esquecermos a tortura e censura realizadas. Nos dias que correm, com a extrema direita a ganhar força e poder, é preciso comemorar abril mais veemente, mais alto, com mais amor à nossa pátria, à nossa liberdade, e ao nosso pensamento crítico.
Viva a liberdade!

Viva o 25 de abril!
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