Os sonhos representam uma atividade mental inconsciente que se manifesta durante o sono, nas suas fases menos profundas, permitindo uma conservação dessas memórias. Podem também ser produto da nossa imaginação.
Para Fernando Pessoa, os sonhos são uma alternativa à sua vida infeliz e permitiram-lhe manter a esperança quando a realidade não passava de uma mera crueldade. Como não podia escolher quem queria ser e quem merecia ou não a felicidade, refugiou-se na sua mente, optando por criar diversas personagens com personalidades distintas que contribuíram para que a esperança permanecesse perante uma verdadeira frustração decorrente da sua inteligência. Segundo o famoso poeta contemporâneo: “Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”
De certo modo, os sonhos movem-nos para alcançar os nossos objetivos, tanto pessoais (como o caso deste escritor) como universais - por exemplo, a chegada do homem à Lua - por muito difíceis que possam parecer, sendo, por isso, o alicerce das nossas conquistas. O ato de sonhar traz-nos alegria na medida em que, ao atingirmos os nossos propósitos, sentir-nos-emos realizados.
No entanto, apesar dos sonhos poderem ter um papel preponderante na forma como encaramos o futuro, deve-se estimular o contacto com realidades diferentes das nossas, possibilitando uma outra perspetiva do mundo que nos leva a uma reflexão crítica na qual nos vamos aperceber de que a realidade, por vezes, pode vir a destruir os nossos sonhos.
Contudo, se o sonho não estivesse constantemente presente nas nossas vidas, o desenvolvimento da criatividade seria limitado e acabaríamos por cessar de tentar progredir enquanto seres de valores. Deixaríamos de ter interesse em conversas profundas e inimagináveis, em pequenos detalhes, e, no fundo, no mundo que nos rodeia.
Em suma, os sonhos estão inteiramente relacionados com a nossa imaginação e com os objetivos que almejamos, são a base do nosso futuro.
