Sociedade do Espetáculo
- BrunaSanta
- 27 de dez. de 2022
- 1 min de leitura
Num ritmo alucinante,
fugaz, efémera, distante
cresce a sociedade do espetáculo
voraz, insatisfeita, intrigante
nota-se-lhe na voz
a sua chegada, o seu presente e o futuro
de um povo sucumbido aos ímpetos da abundância
É silenciosa, inebriante e desconcertante
ininterrupto capitalismo
impregnado nas suas raízes
É incessante na sua essência
E a audiência é a sua constante.
Serpenteia as mentes humanas
Sacia os bolsos dos gigantes
encabeçados em pósteres iluminados
pelo sangue de inúmeros funcionários
De dia é felicidade dissimulada
De noite, sombra ocultada
Nos trabalhos escravos e explorados
Incansavelmente alienados
Somos a sociedade do espetáculo
Produtos do nosso próprio entretenimento
Somos enganos, ilusões e desprendimentos
Extraditados do nosso discernimento

Comentarios