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Eternos viajantes

Breves notas,

Breves apontamentos

De como nos vemos

por ruelas inabitadas

por pedaços de areia

que se encontram, por fim, no mar


Na distância que nos separa

da ocasional saudade

da inevitável mágoa

do inolvidável carinho

e ternura deixados em malas de viagem


Hoje partes rumo ao desconhecido

No amanhã nada reconhecerás

Terá tudo sido por magia

Ou perdido permanecerá

O ténue e delicado

Sapato de Cristal


Acutilante

Efervescente

Inebriante

Lentamente,

Despeço-me da bagagem de mão,

Carregava-a com cuidado,

na imensidão da memória


Agora tudo é pó

Delicadeza subterfúgia

Encanto iludido

Agora tudo é passado.


Caminhamos em rotas distintas

Corremos em campos distantes

Permanecemos em mentes diferentes

Eternos viajantes.



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