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Relatos de uma rapariga curiosa

Recomeçar é uma palavra difícil de pronunciar, em primeiro lugar, pelo som r que tanto poderá sair atenuado ou muito evidenciado. É sempre uma complicação, mas em particular, por aquilo que transmite: voltar a iniciar um processo moroso, inevitável ou ainda dependente das nossas escolhas e decisões. Resta saber se ainda temos essa possibilidade.

Nem sempre fui curiosa, nem sempre quis saber tudo sobre o que me envolve. E, de certo modo, era natural, tal como o nascer do sol, todos os dias ou um copo de leite para melhor dormir. Eram dias gloriosos, recordo-os como boas memórias. De facto, eram tão importantes que assumia, prontamente, quando me questionavam o que queria ser, verdadeiramente, que não pretendia crescer. E, olhando para trás, não vejo mal nenhum nisso. Encontro, até, algum enternecimento. Conforta-me e alenta-me. Ter a consciência da inconsciência que apresentava. Era feliz e isso bastava-me. Agora, é tudo tão mais complexo. E, de certo modo, em demasia. Inúmeras vezes questiono-me se este incessante e constante frenesim de eventos é, de algum modo proveitoso. Para alimentar o quê, em concreto? Para quem?

O mundo está “às avessas” e, por um lado, também estão todos os seus habitantes.

Resta esperar nesta incerteza em que nos vamos tornando.


 
 
 

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