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Dissolvido num poço sem fundo

Atualizado: 8 de out. de 2022

Dissolvido num poço sem fundo

Quem descobre os mistérios do seu ser?


Fragmentado em vértices inúmeros

Quem resolve os enigmas do seu polígono?


Se nas ciências mais exatas

As equações conceptuais e empíricas

As teorias mais simples e complexas

São insuficientes para a sua compreensão


Mergulhar num oceano profundo,

Sem destino, nem rota, nem rumo

Parece(m) ultrapassar os limites da razão.


Mas não serão os limites

O entrave para a sua solução?

Não serão as suas insignificantes singularidades

A sua subtil e fatal poção?


Quem descobre os mistérios do seu ser?

Quem desmonta os novelos ao entardecer?

Esperar, tão somente, um eterno vazio.



 
 
 

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